Missionários
Claretianos Brasil

Necrologium Claretianum

Padre José Oliveras Ayats

15/05/1973 (92 anos)

Goiânia, GO, Brasil

Goiânia, GO, Brasil

PE. JOSÉ OLIVERAS AYATS (1973)

                               

Nascimento: 25 de março de 1901

Localidade: Maya (Gerona) Diocese de Gerona

Pais: Sr. João e Sra. Maria do Carmo

Profissão Religiosa: 02 de outubro de 1918

Ordenação: 29 de maio de 1926

Enviado: 34ª Expedição, em 17 de janeiro de 1927

Falecimento: 15 de maio de 1973, em Goiânia-GO, 92 anos

                                   

Mayá, pequeno povoado da Província e Diocese de Gerona, foi o berço do menino Pepe, nascido aos 25 de março de 1901. Favorecido pelo fato de nascer numa região de muita religiosidade, pois Gerona deu para a Congregação diversas vocações e terra também palmilhada pelo Santo Fundador e seus missionários e ainda pela piedade de seus pais, Sr. João e Sra. Maria do Carmo, despertaram-lhe cedo a vocação para a vida religiosa e sacerdotal.

Entrou para o Instituto pelo Colégio de Segóvia onde após terminados os estudos das Humanidades, foi aprovado para o Ano de Provação. Realizou-se na mesma fria Segóvia, em que ele mesmo disse aos 20 graus centígrados abaixo de zero, passando de um edifício a outro com a batina molhada, esta com que se cristalizou.

Em Segóvia emitiu a Profissão Religiosa, mediante os votos temporais, aos 22 de outubro de 1918, consagrando-se com muito fervor a Deus e ao Imaculado Coração de Maria. Em Beire iniciou seus estudos eclesiásticos pela Filosofia. Em São Domingos da Calçada perfez a Teologia, encerrando em Segóvia os preparativos para a ascensão aos degraus do altar, sendo ungido sacerdote do Senhor a 29 de maio de 1926.

Durante esta preparação, como era de praxe, relia os seus propósitos de humildade, amor à vocação e adesão à Congregação e parecia estar presenciando o Fundador de ir a Roma com o ideal de se oferecer às  missões do estrangeiro.

Durante o Ano Pastoral de Aranda de Duero, concretizou o ideal claretiano: foi destinado ao Brasil. Aportou a Terra de Santa Cruz aos 17 dias do mês de janeiro de 1927. A Casa-Mãe de São Paulo foi o seu primeiro instante de trabalho apostólico sendo, para isso, nomeado Auxiliar do Prefeito dos Pré-postulantes. No fim de 1927, levava para Curitiba 20 meninos para iniciar as humanidades.

Foi constituído Auxiliar do Prefeito do Postulantado de Curitiba. Em 1930 foi destinado como Auxiliar do Mestre de Noviços e Vigário Paroquial em Guarulhos e, em 1934, passou para Santana do Livramento e aí percorreu a campanha riograndense, como missionário dos pampas gaúchos.

No triênio de 1937 a 1939, nesta mesma casa, como 2º Consultor e Ecônomo, mas foi substituído pelo Pe. Maíztegui, porque ele foi confirmado para o triênio 1940 a 1942 e no ano de 1943 a 1945 foi eleito Superior de São Domingos-GO. Já a 29 de maio de 1941 o Pe. Oliveiras recebia a bênção e incumbência de Monsenhor Prada, Prelado de São José de Tocantins, de tomar conta de Posse e paróquias anexas, como novo campo de operações e uma das metas era a fundação de um Colégio de Religiosas.

No entanto, foi adiado o projeto do Colégio, devido à mudança do limite da Prelazia. Missionário dinâmico, embora humilde, reorganizou as Associações do Apostolado, Arquiconfraria. Fundou a Irmandade do Santíssimo Sacramento, das Filhas de Maria. Instituiu a Ação Católica, tão inculcada por SS Pio XI, naquele então.

Foram organizadas e pregadas missões na paróquia e adjacências. Em 1946 Posse foi declarada Residência Independente, durante, portanto, a sua gestão. No triênio de 1949 a 1951 ficou 1º Consultor e Ecônomo da Casa e em 1954 houve a divisão em duas Províncias, cabendo em sorte ficar o Pe. Oliveiras pertencente à Província Central. Depois de continuar vivendo em Posse até o ano de 1957, aparece ainda morando em Casa de Itapaci, alternando em diversos cargos. 

Assim como nos pampas gaúchos, o Pe. Oliveiras também nos cerrados de Goiás e Brasil Central, se manifestou um missionário claretiano no sentido pleno do termo e do primeiro fronte; edificou igrejas, colégios constituiu novas famílias de cristão, vilas, formou escolas, abriu estradas de rodagem, viveu em extrema pobreza e estrita solidão, mas numa sincera alegria e paz com Deus.

Foi conselheiro das almas, pai dos pobres e amigo de todos. Nesta luta viveu 47 anos no Brasil sem nunca regressar à Pátria. Guardou pacientemente cama durante quatro meses por sofrer forte diabete e também de insuficiência coronária e, com isto, foi vítima de enfarte cardíaco violento, vindo assim se extinguirem as suas forças e a sua vida. Faleceu a 15 de maio em Goiânia, em 1973. Pelo voto do povo, de toda a paróquia e comunidade foi sepultado na mesma igreja, que ele edificara e a qual regeu durante quinze anos. Descanse na Paz do Senhor!

 

 

[a seguir apresentamos o Necrológio que consta do livro do Padre Teófilo Gomes Sáez (Memória dos Claretianos Falecidos. Delegação Independente do Brasil Central (1954-2003), pp. 57]

Pe. José Ayats Oliveiras, CMF

Nascimento: 25 de março de 1901

Localidade: Mayá, Gerona, Espanha

Pais: Sr. João e Sra. Maria do Monte Carmelo

Profissão Religiosa: 02 de outubro de 1918

Ordenação: 29 de maio de 1926

Falecimento: 15 de maio de 1973         

 

O Pai dos Pobres

 

            O menino José veio ao mundo no dia 25 de março do ano de 1901, em Mayá, Província de Gerona, Espanha.

Foram seus pais, o Sr. João e Sra. Maria do Monte Carmelo.

Depois de cursar os estudos preparatórios e eclesiásticos nos Seminários da Congregação Claretiana, emitiu seus votos religiosos em 02 de outubro de 1918 e se ordenou Sacerdote no dia 29 de maio de 1926. Em seguida, foi destinado para a Província do Brasil, onde se incardinou, em definitivo, pelo Decreto: “In Nomine Domini. Amen” do Rvmo. Pe. Nicolau Garcia, DD Superior Geral, em 15 de maio de 1939. Juntamente com ele, se incardinaram também os Padres: Luis Olabarrieta; José Angrill; Astério Pascal; Crescêncio Iruarrizaga; Benedito Rodríguez; Mariano Parício; Irineu Ballestero; Jesus Osés; Francisco Iturriaga; Lourenço Gil; Victor Gandol; Valentim Rodríguez; Eliezer Almuedo; Antônio Arteaga e outros da Província Meridional.

Sua ação missionária se desdobrou com mais presença nas terras de Goiás, especialmente na cidade de Itapeci, onde construiu a Igreja Matriz dedicada ao Imaculado Coração de Maria. Colocou toda sua vida a serviço do povo de Deus, tendo edificado, também, várias capelas e escolas na zona rural. Atendia, com edificante bondade, aos doentes e os pobres que, de toda parte, o procuravam.

Sacerdote exemplar, desempenhou por diversas vezes os ofícios de superior, ecônomo local e vigário. Humilde. Recatado. Aparentemente tímido, era, no entanto, um sacerdote de ação, como o demonstrou a fundação que ele criou, de uma entidade de caráter filantrópico, denominada: “Pão dos Pobres”. Mantinha-a com a ajuda do povo e com os minguados auxílios dos Governos: Municipal, Estadual e Federal. Todos chamavam-no: “Pai dos Pobres”.

Morreu como viveu: em extrema pobreza! Um infarto do miocárdio o levou para a Casa do Pai; no dia 15 de maio de 1973. A população reconhecida prestou-lhe carinhosa e apoteótica homenagem, sepultando seu corpo na Igreja Matriz.

Descanse em paz, santo missionário, Pe. José Oliveras, CMF. RIP.

 

 

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