Missionários
Claretianos Brasil

Necrologium Claretianum

Padre Mariano Mata Supervia

20/04/1953 (73 anos)

São Paulo, SP, Brasil

São Paulo, SP, Brasil

Pe. MARIANO MATA SUPERVIA

                                   

Nascimento: 24 de maio de 1880

Localidade: Adahuesca (Huesca Diocese Ilerdense)

Pais: Sr. José e Sra. Maria das Neves

Profissão Religiosa: 15 de agosto de 1897

Ordenação: 23 de julho de 1905

Enviado: 8ª Expedição, em 15 de agosto de 1906

Falecimento: 20 de abril de 1953, em São Paulo, 73 anos

 

Natural de um pequeno povoado, Adahuesca, Diocese de Huesca, Espanha, Mariano ingressou no Postulantado (Seminário Menor) de Barbastro, ainda criança.

Após os anos de latinidade, o menino Mariano reuniu-se na ex-Universidade de Cervera com outros 100 seminaristas vindos dos quatro seminários, que então tinha a Congregação: Alagão, Barbastro, Segóvia e Valmaseda, para o Ano de Noviciado. O mestre era o Pe. Antonio Sanches, forjador de gerações de missionários derramados por toda a parte e muitos deles que tanto ilustraram a Congregação.

No dia 15 de agosto de 1897 o Pe. Mariano Mata, professou perpetuamente nas mãos do co-fundador da Congregação, o Pe. José Xifré. Eram solenes e numerosas aquelas profissões. Ainda não estava a Congregação dividida em Províncias, em Cervera estava concentrada a Congregação o Superior Maior e seu Conselho. Estava perto dos quinhentos, por então, o número de indivíduos daquela comunidade: padres, irmãos, estudantes, noviços, o noviciado era separado em dois: estudantes e irmãos missionários.

Em Cervera o Pe. Mariano cursou 3 anos de Filosofia e os 3 anos de Dogmática, passando depois a São Domingos da Calçada, onde cursou Moral sob o magistério do Pe. Busquet, o famoso autor do “Thesaurus Confessarii” e aí ordenou de sacerdote.

Estava em Aranda de Duero, fazendo o Curso de Perfeição, quando recebeu o destino de vir ao Brasil. Aqui passou toda a sua vida de missionário semeando a palavra divina pelos Estados de São Paulo, Minas, Espírito Santo e Rio Grande do Sul.     

Antes de partir para as missões populares, em 1906, em São Paulo, foi professor da escola primária, que funcionava no prédio da comunidade na ala que dá frente para a Rua Jaguaribe, escola que chegou a ter 200 alunos, sendo 4 padres professores.

Depois então o Pe. Mariano Mata desenvolveu um trabalho de 46 anos de missionário apostólico no Brasil. Foram quarenta e seis anos sem ver a pátria e os seus parentes e amigos! Talvez não desenvolvesse grandes campanhas, mas foi o soldado de Cristo, missionário sempre! Quantos ministérios, quantos suores, canseiras, quantas viagens a cavalo, de trem e por todos os meios modernos e até alguma vez a pé, semeando a semente divina, como divino semeador! Mas também quanto bem realizado quanta graça derramada pelos canais dos cinco sacramentos! E a graça vivifica o corpo místico de Cristo! O bom Deus compadecer-se-á das fraquezas do sacerdote que tanto bem fez, como as tinham os seus rudes apóstolos.

Na sua fisionomia, o Pe. Mariano Mata foi sempre muito equilibrado, estatura regular, saúde constante, presença nobre, simpática, fazia-se querer bem ao se apresentar.

Bela qualidade ornava o seu caráter: equanimidade imperturbável, sempre alegre, otimista, e em toda parte se achava bem, com todos os companheiros convivia pacificamente. Grande qualidade na vida social para a qual é preciso bom temperamento e muita virtude.

No leito de dor, desfazendo-se o seu corpo, pouco a pouco, ninguém o viu triste e queixar-se, antes, um sorriso iluminava o seu semblante, às vezes. Aquilatavam sua cultura, conhecimentos de música e desenho, qualidades que soube ornar seu espírito, muito lhe serviram e a outros também em diversas circunstâncias da vida e da ação missionária. Muito sofreu nos anos últimos de sua vida  e, limpa, bela desatou-se dos liames do corpo caído e desfeito, foi receber o prêmio do bom saldado de Cristo. “Alegra-te, servo bom e fiel, entra no gozo do teu Senhor! É a certeza e alegria que nos dá a grande promessa de nosso Santo Fundador e Patriarca a todos os que morrem na Congregação”.

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