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Claretianos Brasil

Dez anos de Missão em Moçambique

DEZ ANOS DE MISSÃO EM MOÇAMBIQUE

 “Provai e vede como Senhor é bom. Feliz o homem que se refugia junto dele” (Sl 33,9)

 

            Hoje queremos celebrar e agradecer ao Senhor que nos chamou pelo nome, pelo precioso dom e a graça dos dez anos da Missão de Moçambique.

Toda Missão é uma graça, sim, mas também uma responsabilidade; mais do que isto, corresponsabilidade e docilidade à ação renovadora do Espírito Santo.

Toda missão exige dos missionários entusiasmo, humildade, vontade de aprender e uma certeza gravada no coração: “Não se preocupem o Senhor é o nosso refúgio e proteção”. Acredito, sinceramente, que estas poucas palavras resumem, acertadamente, as motivações que traziam em seus corações os três primeiros Missionários Claretianos que pisaram nesta terra de gente acolhedora, sorridente, sofredora, mas de grande fé e esperança. Terra das noites que as estrelas e a lua tocam suavemente a terra trazendo uma paz de espírito por poucos experimentada.

Aos Missionários, Janivaldo Alves dos Santos, José Ferreira Pinto e Manuel Martins da Silva, nosso sincero agradecimento. E que o Ir. Manuel Martins, hoje desfrutando da Páscoa Eterna, interceda junto ao Imaculado Coração de Maria e Santo Antônio Maria Claret pelo presente e futuro da Missão.

Somos uma Missão jovem, e, como tal, trazemos em nosso seio virtudes e debilidades; trazemos ousadia, esperança e, porque não dizer, um sadio temor e tremor. Mas o coração jovem é assim mesmo; por isso que chamamos de jovem! E isto é muito bom, porque como alguém já muito bem expressou: “A África não admite uma mera contemplação passiva; ela nos questiona, nos interpela”. Neste sentido, as Províncias de São Tomás, Índia e do Brasil, responsáveis pela Missão, acompanham de perto todos os passos dados neste dez anos e, testemunham, que foram muitos e acertados. Muitos projetos se solidificaram, outros estão em processo de solidificação. Material e espiritual buscaram um justo equilíbrio, prova disto é a existência de nossas casas de formação no Gilé e Nampula. Muitos homens e mulheres, religiosos e leigos, vestiram a camisa da Missão. A Missão de Moçambique não é apenas conhecida por muitos, ela é amada e querida por muitos!

A Missão de Moçambique é um exemplo de “Missão intercultural”. Somos todos filhos da Mesma Família, mas temos línguas, fisionomias, costumes e tradições bem diferentes. Somos Indianos, Angolanos, Nigerianos e Brasileiros. Somos homens e mulheres, todos tocados e transformados profundamente pelo ideal de Claret. Olhando para esta realidade, e a forma harmônica como age e interage, entendemos e compreendemos melhor umas das expressões mais bonitas do XXV Capítulo Geral: “Ser Comunidade é um verbo e não um nome. É ação e processo. É uma graça que devemos suplicar, cuidar e deixar crescer, e não apenas uma conquista de nosso esforço”.

Citarei, agora, o nome de cada um dos dez Missionários que hoje compõem as três Comunidades da Missão. Tenho consciência que cada nome carrega uma história e releva um ato e um abraço amoroso e criador de Deus. Ao citar seus nomes, rezo e agradeço por suas histórias, sonhos e utopias missionárias: Joseph Biju, Janivaldo Alves dos Santos, Rodney César Mendes, Rony Sebastian, Justine José Kuzhipala, Joby Madathiparampil, Kingsley Maduibuke, André Satchiquata, Roy Josph Arakala e Francismar Antônio Girardi. Dez anos, dez Missionários!

Gostaria, também, de fazer uso deste espaço para agradecer à Delegação de Angola/Portugal e à Província da Nigéria Leste pela colaboração na obra Missionária. Agradecer, também, às Missionárias de Santo Antônio Maria Claret, que com muita alegria e competência partilham da Missão conosco. Agradecer a Dom Francisco Lerma Martínez, Bispo do Gurué e Dom Tomé Makhewelinha, Arcebispo de Nampula, pela acolhida e apoio dispensados aos nossos missionários e a todos que colaboram com a Missão.

Concluo esta mensagem relembrando algumas das palavras da introdução da Declaração do XXV Capítulo Geral: “O nosso Carisma exige que sejamos totalmente de Deus e vivamos plenamente entregues ao seu Reino, como Jesus consagrado e enviado, e a exemplo de Maria, primeira discípula e mãe de discípulos”.

Que Deus continue nos abençoando e nos agraciando com o dom de muitas e santas vocações missionárias. E que a Divina Misericórdia, celebrada neste Segundo Domingo da Páscoa, nos cumule sempre com a Paz e as Luzes do Espírito Santo. 

 

No Imaculado Coração de Maria,

 Marcos Aurélio Loro, cmf

Superior Provincial

São Paulo, 03 de abril de 2016.

            Domingo da Divina Misericórdia.

 

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Comentários 3

09/04/2020 15:39 - Neida Ferreira Pinto

Parabéns, primeiro pelo dia do Sacerdote. Que M.Santíssima Jesus , Santo Antonio Maria Claret, Deus e demais santos os abençõem, os protejam e os ilumine hoje e sempre. Só hoje, 9 de abril dia do Padre é que pude ler sobre os dez anos das missões Claretianas em Moçambique. Parabéns a todos os senhor

04/08/2019 13:51 - Neida Ferreira Pinto

Amei a colocação do Pe. Marcos Louro. Só estando lá e participando um pouco que seja do trabalho destes grandes homens que lá estão para ajudar no crescimento daquele povo tão sofrido e necessitado de atenção e carinho. Parabenizo a todos os que lá ainda estão, e aos que lá estiveram. Parábéns !

25/03/2018 11:33 - Neida Ferreira Pinto

Fico muito feliz por saber que já fazem 10 anos que a missão começou realmente a funcionar. Em 2008 estive no Gilé com o Padre Ronaldo, para ver o que poderíamos fazer na parte de Educação e de saúde. Naquela época não havia ainda luz, água só de um poço e quase nada. Depois disso instalaram a luz,