Missionários
Claretianos Brasil

Necrologium Claretianum

Padre Cláudio Arenal Manrique

28/07/1958 (80 anos)

Curitiba, PR, Brasil

Curitiba, PR, Brasil

Pe. CLÁUDIO ARENAL MANRIQUE (1958)

                         

Nascimento:30 de outubro de 1878

Localidade: Sotillo de La Ribera (Burgos) Diocese de Oxomiense

Pais: Sr. Mariano e Sra. Tereza

Profissão Religiosa: 15 de agosto de 1896

Ordenação: 10 de julho de 1904

Enviado: 7ª Expedição, em 18 de agosto de 1905

Falecimento: 28  de julho de 1958, em Curitiba-PR, 80 anos                                    

                                  

Padre Cláudio Arenal viu a luz do dia aos 30 de outubro de 1878 em Sotillo de La Ribera, na Província de Burgos, Diocese de Oxomiense, Espanha. Seus pais, Sr. Mariano e Sra. Tereza eram profundamente cristãos. Desta família assim eminentemente cristã teria que produzir um sacerdote. Foi o que aconteceu.

Aos 11 anos, o menino Cláudio, sentindo-se chamado por Deus, entrou na Congregação, fazendo o Postulantado de Segovia, onde estudou três anos de latinidade. Logo a seguir, em 1895 começou o Santo Noviciado em Cervera. A 15 de agosto de 1896 emitia a sua Profissão Perpétua. Após fazer os seus estudos de Filosofia e Teologia, terminando assim sua carreira, foi ordenado sacerdote em julho de 1904.

Fez seu Ano de Preparação imediata ao apostolado em Aranda de Duero e no ano de 1905, em 18 de agosto, precisamente um ano após a sua Ordenação, aportou a esta Terra de Santa Cruz abraçando fervorosamente este seu destino missionário.

Iria, então, começar a sua carreira apostólica, percorrendo inúmeras localidades dos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo e, sobretudo, Goiás. Em todas essas incursões missionárias trabalhou muito e muito sofreu devido à pobreza e às viagens penosas. Três traços caracterizam a sua atuação missionária de ministérios: nas missões populares, no múnus paroquial e na então Prelazia de São José do Alto Tocantins, verdadeira terra de missão, onde ainda havia alguns índios das tribos Carajás e Javaés, pela proximidade da Ilha do Bananal, “habitat” natural desses aborígenes.

Ao ser nomeado, pela Santa Sé, Dom Florentino Simon, Bispo Titular de Leuce e Prelado da Prelazia do Alto Tocantins, cuja sagração realizou-se aos 21 de junho de 1931 no Santuário do Imaculado Coração de Maria de São Paulo, o Pe. Cláudio Arenal foi escolhido seu Secretário Particular, devido o seu zelo apostólico e sua experiência por estar trabalhando nestas paragens indígenas. Quando da morte de Dom Florentino, ele exerceu o cargo de Vigário Capitular.

Verdadeiramente, onde ele se sentiu missionário na plena acepção da palavra foi aí em Goiás, que ele percorreu quase sempre ao lombo de cavalo ou de mulo, sofrendo e trabalhando. O que só Deus sabe, sem nunca perder o bom humor e achando graça até nos transes mais apertados e em verdadeiro perigo de vida.

Depois que morou em Goiás, veio morar em Guarulhos, como Pároco, o que antes já havia sucedido; na volta a esta cidade travou grandes amizades com vereadores e prefeito da cidade e aí reviveu, não obstante, a dura vida de Goiás, visitando ainda no lombo de burros, os Morros (Serra da Cantareira) cuja maioria da população era constituída por negros de muita fé, o que muito o entusiasmou.

  Era muito querido de toda a população. Desta estima ele também participou, quando foi nomeado Pároco de Curitiba e aí cultivou grande amizade com o Governador do Estado do Paraná. Dr. Caetano Munhoz da Rocha e de toda sua família como amigo íntimo.

  Por ocasião do seu Jubileu Áureo Sacerdotal, recebeu elevada condecoração do Governo Espanhol do General Franco, em reconhecimento pelos trabalhos seus realizados, como Missionário Católico Espanhol fora de sua pátria.

  Depois de tantos trabalhos sua natureza foi definhando e enfraquecendo, a ponto de viver os últimos anos de sua vida, já bastante inconsciente. Recebeu os últimos Sacramentos e em suas exéquias, oficiou Dom Manuel da Silveira Delboux, Arcebispo de Curitiba. Sua morte foi muito sentida e seu enterro muito concorrido, pela grande estima em que era tido por todos em Curitiba.

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