Missionários
Claretianos Brasil

IX. Fundação da Comunidade de Curitiba, PR

IX. Fundação da Comunidade de Curitiba, PR

O empenho e a qualidade dos trabalhos missionários dos Claretianos da Casa-Missão de São Paulo lhes valeu o convite para se instalarem na cidade de Curitiba. A comunidade Claretiana de São Paulo, em atividade desde 1895, no Bairro de Santa Cecília, era bem conhecida do pároco de Santa Cecília, o Padre Duarte Leopoldo e Silva. Em 1904, o Padre Duarte foi escolhido bispo da Diocese de Curitiba. Permaneceria à frente da diocese de Curitiba até 1908 quando retornaria à cidade de São Paulo para ser consagrado o seu primeiro arcebispo. Será, portanto, o Dom Duarte, bispo de Curitiba, quem encaminhará convite, em 1905, para que os Missionários Filhos do Imaculado Coração de Maria, conhecidos desde o tempo em que era pároco em São Paulo, se estabeleçam na Diocese de Curitiba. Certamente, o novo bispo de Curitiba desejava reunir em sua diocese religiosos conhecidos pelo seu labor missionário, tanto melhor quando estes já eram seus conhecidos.

No dia 26 de outubro de 1905, os Padres Geraldo Palomera Font e João Sadurní Mercader que estavam na Comunidade de Campinas viajaram até Curitiba para reconhecimento da cidade e avaliarem a viabilidade de ali criarem nova comunidade. A proximidade do bispo diocesano facilitou as tratativas e, no dia 30 de julho de 1906, os Padres José Domingo (Superior Local), Geraldo Palomera Font, Martin Maíztegui, João Sadurní Mercader e Baldomero Dueñas, fundaram a Comunidade Claretiana da cidade de Curitiba.

          O primeiro Santuário do Imaculado Coração de Maria foi inaugurado em agosto de 1910, cedo percebeu-se que era necessário templo de maiores dimensões. Foi, então, solicitada, junto à Diretoria de Obras Públicas do Município de Curitiba, planta de uma nova igreja a ser construída em substituição do Santuário do Imaculado Coração de Maria. Coube ao engenheiro João Moreira Garcez o projeto da nova igreja, que, em 1918, já tinha os seus alicerces prontos e, em 3 de dezembro de 1922, era solenemente inaugurada. Sabemos que entre o projeto original de 1918 e a inauguração houve alterações, por exemplo, no arremate de uma das torres e na fachada de vitrais. O templo dedicado ao Imaculado Coração de Maria de Curitiba, a cada década, de forma contínua, passaram por melhorias. De igual maneira as dependências e prédios da Comunidade foram, de forma sistemática, reformados e ampliados nos anos seguintes, para atender ao papel de formação de Missionários e de centro de educação.

       O ano da solene inauguração do Santuário, em 1922, foi, também, o do XII Capítulo Geral realizado em Vic. Capítulo no qual foi criada a Província Claretiana do Brasil, mudança justificada pelo número de comunidades e pelo alcance dos trabalhos dos Missionários no Brasil. Crescimento de atividades que demandava, também, a criação de Noviciado, Postulantado e Escolasticado; em 1924, o Governo Geral concedeu à Província do Brasil o direito de criá-los, desta forma, a nova Província ganhava relevância junto à Congregação ao participar de forma efetiva do processo formativo de seus missionários. A Comunidade de Guarulhos, criada em 1922, receberia o Noviciado, a Comunidade de São Paulo, criada em 1895, o Escolasticado, e, a de Curitiba, o Postulantado. O trabalho de formação realizado pela Comunidade de Curitiba logo renderia frutos e a responsabilidade de, em 1934, abrigar o centro de estudos e de formação filosófica e teológica dos Missionários Filhos do Imaculado Coração de Maria; o centro, pouco depois, deu origem à Faculdade Claretiana de Teologia – Studium Theologicum.

     A Comunidade de Curitiba, em 2016, é composta por: Pe. Jaime Sánchez Bosch, cmf, Superior e Reitor, Pe. Rodrigo Godoi, cmf, Formador, Pe. Nilton César Boni, cmf, Pároco, Pe. Alceu Luiz Orso, cmf, Pe. Márcio Luiz Fernandes, cmf, Pe. Valdinei de Jesus Ribeiro, cmf, professores, Cristiano Pedroso Robles e Eduardo Henrique de Souza Rodrigues, Estudantes. 

Prof. Dr. Josias Abdalla Duarte

Arquivo da Cúria Provincial dos Missionários Claretianos

 

 

 

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