Missionários
Claretianos Brasil

Mensagem do Pe. Janivaldo por ocasião de seu retorno a Missão em Moçambique

Em 2020 fui convidado pelo Governo Provincial a voltar para ao Brasil, deixando a missão de Moçambique para dar início a uma atividade itinerante pela comemoração dos 125 anos da Missão Claretiana no Brasil, que consistia em acompanhar a Imagem Peregrina do Imaculado Coração de Maria em visita as comunidades claretianas espalhadas em solo brasileiro. Iniciamos em março visitando as Missões Claretianas em Santos, de 05 a 08 e Itapecerica da Serra, de 12 a 15, porém, com a chegada da pandemia não foi possível continuar o trabalho.

Com a suspenção dos trabalhos missionários fui designado temporariamente para a Comunidade Claretiana de Santos, a princípio até dezembro de 2020. Chegando ao meu novo destino, já nos primeiros dias, um dos missionários que lá estava testou positivo para a COVID 19, vindo a falecer no dia 27 de setembro. Com o avanço das contaminações o outro claretiano, que era pároco e superior da Comunidade Santista, também testou positivo ficando hospitalizado cerca de três meses. Com o cenário caótico da pandemia e diante das necessidades da Província Claretiana não foi possível regressar para Moçambique em 2021, como estava previsto. Nesse período minha mãezinha, D. Zizi, foi diagnosticada com câncer em estágio avançado, com metástase no pulmão e em outros órgãos, e em março de 2021 Deus chamou para junto de si. Logo pensei: vim da Missão para cuidar da Mãe de Jesus e, Jesus permitiu que eu cuidasse da minha mãe.

Com a carência de missionários também não foi possível regressar para terras moçambiquenhas em 2022, o que me fez confirmar que "há um tempo para tudo, e todo propósito debaixo do céu tem o seu tempo" (Ecl 3, 1). 

Respondo as necessidades missionárias, nesse ano de 2023, retorno a Moçambique com o coração agradecido seguindo meu caminho. Pois "missão é partir, caminhar, deixar tudo, sair de si, quebrar a crosta do egoísmo que nos fecha no nosso eu. É parar de dar volta ao redor de nós mesmos como se fôssemos o centro do mundo e da vida. É não se deixar bloquear nos problemas do pequeno mundo a que pertencemos: a humanidade é maior. Missão é partir, mas não devorar quilômetros. É, sobretudo, abrir-se aos outros como irmãos, descobri-los e encontrá-los. E, se para encontrá-los e amá-los é preciso atravessar os mares e voar lá nos céus, então Missão é partir até os confins do mundo." (Dom Helder Câmara)

Pe. Janivaldo Alves dos Santos, CMF

 

Comente essa notícia

Comentários 0