Missionários
Claretianos Brasil

Necrologium Claretianum

Irmão Izidoro Dias de Castro

12/05/1987 (84 anos)

Rio Claro, SP, Brasil

Rio Claro, SP, Brasil

Ir. IZIDORO DIAS DE CASTRO (1987)

                               

Nascimento: 04  de abril de 1903

Localidade: Monte-Mór-SP, Diocese de Campinas

Pais: Sr. Leopoldo e Sra. Clara

Profissão Religiosa: 02 de fevereiro de 1937

Falecimento: 12 de maio de 1987, em Rio Claro-SP, 84 anos

                                 

 

  Monte-Mór, pequena cidade do estado de São Paulo, nas proximidades de Campinas, Diocese desta última cidade, foi o lugar onde viu a primeira luz do mundo o menino Izidoro, aos 4 dias de abril de 1903. Seus pais, Sr. Leopoldo e Sra. Clara, cristãos piedosos, educaram o filho nos moldes de família de interior e da roça, na humildade, no temor santo de Deus, compreensão e aceitação das coisas certas e verdadeiras. “Quando vivíamos na roça (nos arredores) de Monte Mor, diz o seu irmão João, também claretiano: “era ele muito trabalhador, muito religioso, seu caráter um pouco violento (severo), mas era a bem-dizer, nas tarefas da roça, um esteio, que nos dava um trabalho continuado. Era muito esperto nos negócios, comprava e vendia cavalos, gado e criação em geral, pois quase sempre saia com vantagem, nas tramas que fazia”.

  A sua entrada para a Congregação foi motivada pelas missões pregadas pelo Grande Missionário, Pe. Luiz Olabarrieta e companheiros claretianos na cidade de Monte Mor. Ele se entusiasmou tanto que, diz o seu irmão João: “vendeu as coisas que tinha e resolveu entrar para a Congregação dos Filhos do Imaculado Coração de Maria”.

  Após o seu ingresso para a vida religiosa, em 1936, começou o seu Santo Noviciado sob a guia do abalizado Mestre Pe. Estevão Negro. Emitiu, com muito fervor, a sua Profissão Religiosa, mediante os votos temporais no dia 2 de fevereiro de 1937. Logo após a Profissão, recebeu o seu destino e passou por diversas Casas como Rio Claro e Ribeirão Preto, sempre exercendo as funções de irmão missionário claretiano, com muita humildade e muito empenho, sobretudo em Rio Claro onde, entre outros afazeres, foi visto rachando lenha até idade bem avançada e mostrando a todos, com santo orgulho, a quantidade de lenha rachada por ele para ser utilizada no forno da padaria do Seminário Claretiano. 

Era muito devoto do Coração de Maria, um santo religioso e já no fim de sua vida passava fazendo terços do Rosário. “Ele me impressionou muito, disse o Ir. João castro, quando foi visitá-lo (em Rio Claro) visto estar muito doente, pois me disse com toda tranqüilidade: “Olhe, para mim este mundo já se acabou; não tenho mais ilusão de nada. E o dia mais feliz de minha vida vai ser o dia da minha morte”.” Isto me impressionou deveras, pois falava com muita calma”.

Cada vez pior na saúde e idoso, um belo dia, precisamente no dia 11 do mês de maio, o Ir. Izidoro Dias Castro desapareceu por volta das 5h30-6h da manhã. Passaram-se mais de três meses de ansiosas buscas, até que a 22 de agosto de 1987, sua ossada foi encontrada num matagal próximo ao Jardim Conduta da cidade de Rio Claro, nas proximidades do Horto Florestal, estrada velha que liga esta cidade a Santa Gertrudes.

Na verdade, não era este o desenlace que se esperava. Mas “faça-se a vontade de Deus”. Vejam lá as coincidências que se deram: O Irmão desapareceu, no mês de maio, dedicado à Mãe querida, Maria; sua ossada foi encontrada no dia 22 de agosto, antiga festa litúrgica do Coração de Maria; seu enterro se deu num sábado, particularmente consagrado ao Coração de Maria. Tudo isto não deve ser obra do acaso.

Logo após o encontro, a sua ossada foi levada para São Paulo, a fim de ser submetida a um exame mais acurado no Instituto Médico Legal a fim de se conseguir, mediante exame minucioso descobrir-se a “Causa Mortis”.

Finalmente liberado, realizaram-se as cerimônias normais de um funeral. A ossada chegou de volta à comunidade de Rio Claro, no dia 2 de outubro, após ser velada durante toda a noite, sendo revezada a vigília por turno pelos seminaristas. Às 9 h do dia 3 de outubro realizou-se a Celebração Eucarística, presidida por sua Excia. Dom Eduardo Koaik, Bispo Diocesano de Piracicaba.

A concelebração foi participada por Monsenhor Jamil, Vigário Episcopal de Rio Claro, Pe. Oswair Chiozini, Superior Provincial e mais dez sacerdotes claretianos e diocesanos. Fez-se presente um grupo de pessoas da cidade e familiares do extinto e querido Irmão.

Foram representadas as comunidades de Guarulhos, Campinas, São Paulo (centro) e Batatais. O féretro levando os restos mortais do Ir, Izidoro foi acompanhado por longa fila de carros até o Cemitério São João Batista. Alguém disse: “Agora ele está no lugarzinho (dele) e termina a tensão da longa procura”. Descanse na Paz do Senhor!

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