Missionários
Claretianos Brasil

Necrologium Claretianum

Irmão Isidro Vidal Balaguer

12/05/1952 (42 anos)

Rio Claro, SP, Brasil

Rio Claro, SP, Brasil

Ir. ISIDRO VIDAL BALAGUER (1952)                                     

Nascimento: 24 de setembro de 1910

Localidade: Palmeiras, Diocese de Rio Preto

Pais: Sr. Isidoro e Sra. Agostinha

Profissão Religiosa: 08 de dezembro de 1941

Falecimento:12 de maio de 1952,  em Rio Claro-SP, com 42  anos 

Santa Cruz das Palmeiras, Diocese de Ribeirão Preto-SP, em 24 de setembro de 1910, viu nascer o menino Isidoro Vidal Balaguer último filho da família Isidoro Vidal Altizet e Agostinha Balaguer Pujol. Depois a família fixou-se na Paróquia de São Sebastião de Palmital em 1913. Aí ele cresceu e se educou.  Foi sempre franzino e nunca teve um organismo forte e sadio. Aos 23 anos alastrou-se pela perna uma chaga virulenta. Curou-se depois de 6 anos.

Nos seus pais, de comunhão diária, encontrou o Ir. Vidal os fundamentos da vida cristã que alicerçaram os da vida religiosa. Incutiram-lhe na alma o temor de Deus e a devoção a N. Sra.

A Primeira Eucaristia, realizada em 1921, produziu-lhe na alma efeitos salutarmente preservativos nos anos futuros da adolescência, bem recatada. No Grupo Escolar de Palmital, onde se diplomou sem jamais ter terminado o mesmo ano, acreditou-o diante de seus colegas e professores, pelo proceder correto nas aulas.

Na juventude entreteve-se nos afazeres de sapateiro, de agricultor e nos conhecimentos eletrodinâmicos no âmbito de sua modesta posição. Fundada em Pantanal a Congregação Mariana, por volta de 1934, para ela entrou decidido. Pouco depois era investido da fita vermelha do Apostolado da Oração. Continuou a sua mocidade, metodizando a vida com leituras espirituais, meditação, reza diária do terço, comunhão cotidiana, aulas de catecismo, propagação da Fé, mostrando sempre sobre-humana paciência.

Conheceu a Congregação dos Missionários Claretianos em convivência anual com o Ir. Propagandista da Revista Ave Maria. Por ele aconselhado ingressou em Guarulhos em 1940. No ano de prova, continuou fervoroso. Num ritmo vagaroso ativava-se muito com os serviços domésticos. A ociosidade que nele devia ser peculiar, dado o seu temperamento pacato, raramente o dominou.

No dia da Imaculada Conceição de 1941 consagrava-se a Deus pela emissão dos votos religiosos.

São Paulo, Esteio, Guarulhos, Rio Claro, acolheram mais tarde ao recém professo. Em São Paulo, fez o habilidoso Ir. Vidal magníficas instalações elétricas e aí ocupou-se com os afazeres da sacristia da Igreja, como sacristão. Aos três colégios internos em que viveu, suas habilidades de pintor e pedreiro prestaram valiosa serventia. Na sua inventiva idealizou e executou, a seu modo, um aparelho para cortar hóstias grandes muito apreciado por todos que com ele lidaram. Construía objetos para atender as necessidades da copa e dependências de sua alçada.

Conservava sempre o bom humor nas conversas e divertimentos. Era muito humilde nas correções, que lhe fizessem. Mas residindo em Esteio, já apareceu a úlcera antiga na perna. Apesar do tratamento, foi lhe causando profunda anemia, nos doze anos que viveu na Congregação. Em Rio Claro agravou-se a tal ponto, que um dia em 1951, após levantar-se pela manhã, na cela caiu estrepitosamente. Pensou-se em epilepsia. Seguiram-se outros ataques e quedas. Examinado, várias vezes, pelo médico este diagnosticou como tifo. Depois, através de radiografias, radioscopia e eletrocardiograma, concluiu por uma endocardite bacteriana. Seguiu-se a isso um tratamento muito forte com todos os recursos da medicina na época. Houve etapas em que o estado mórbido geral se lhe agravou de tal modo, que teve que superar vinte transfusões de sangue em diversos períodos.

Nesta luta diária de crises e reações atravessou o ano de 1951 até meados de maio de 1952, assistido em três fases distintas, ora no Hospital, ora em nosso Colégio.

Era o dia 12 de maio. Como de costume, o irmão enfermeiro levou-lhe o almoço. Encontrou o Ir. Vidal pendendo incomodamente, prestes a tombar no chão. Começara-lhe então a tranqüila agonia. Antes do meio-dia, a comunidade, presidida pelo Superior, respondia as orações finais pelo agonizante. À hora do “Angelus”, o virtuoso Irmão previamente sacramentado e confortado nos derradeiros momentos pelas orações e bênçãos da Igreja, pacificamente passava desta para a outra vida. No dia seguinte, terminada a Missa de Corpo Presente, o féretro acompanhado pela comunidade, pelos seminaristas menores, padres estigmáticos e outras pessoas amigas, dirigia-se para o Cemitério Municipal no encontro de outros Padres e Irmãos que na paz do Senhor descansaram.

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